quarta-feira, 2 de setembro de 2009

QUEM NÃO É VISTO NÃO É LEMBRADO!

O João de Almeida Neto, de quem muitas vêzes fui companheira de viagem, andando na carona por essas estradas da vida, tem umas tiradas muito boas, uma delas, foi quando fomos buscar uma pessoa que havia adoecido em Cachoeira do Sul e lá fomos nós. O João para trazer o doente e eu para pilotar o carro do doente!
Chegando no Hospital, quem diz que o João desce do carro? supersticioso, não quis de maneira alguma "apear" então tive que tomar a frente e baixar com o paciente.
Outra feita, no velorio da mãezinha do famoso gaiteiro Gilberto Monteiro , quem diz que o João descia do carro. Me deixou na frente do cemitério e se saiu com essa, como já havia feito no hospital lá em Cachoeira ...." EU NÃO ENTRO NÃO... QUEM NÃO É VISTO, NÃO É LEMBRADO!!!

SALVOS POR APARICIO DA SILVA RILLO !!!

Há alguns anos atrás, num tour pelo interior do RS, andávamos Marcello Caminha (violonista), Ricardo Martins( Pasmem !!!na época de gaiteiro !!!) e Dê Santana(percussionista). Fizemos show em Bagé, Lavras do Sul e nos tocamos para Santo Tomé na Argentina. Os bolsos vasios de dinheiro vivo e as mãos cheias de cheques ( de terceiros !). E lá fomos nós . mais de mil quilômetros, com o sol na cara, que as minhas legs de roxas ficaram cinza, perderam a cor!
Marinheiros de primeira viagem chegamos na São Borja e como não tinhamos noção dos horários da balsa, em chegando lá...a balsa já tinha "subido rio acima"!!!! E nós com alguns míseros trocados, nos sentamos na praça a pensar uma forma de resolver onde comer e onde dormir....Ricardo deu a idéia. -"Vamos num restaurante, falamos com o dono e tocamos pela "bóia"? daí me lembrei do Manara onde o Chico Saratte tocava de vez em quando.Acertamos com o dono que se comoveu com a nossa situação. Mas e o pouso??? Bueno, uma luz baixou do alto e me lembrei do Rillo. Recorri à agenda, lá estava o telefone do poeta ! Eureka! Liguei e ele prontamente se posicionou." Olha Benitez, eu estou com visitas mas venham tomar um café ( e nós , varados de fome)que a gente conversa melhor." Fomos chegando de mansinho e o Apa e sua esposa nos receberam com um baita de um lanche, daqueles bem de gente do interior, com miles de cosas! De barriga forradas só nos faltava o lugar de dormir, porque a janta já estava garantida no Manara. Enquanto degustávamos daquela mesa farta, o Rillo pediu licença e disse que já voltava. Pois não é que tinha conseguido um Hotel para nós? No outro dia....perguntei por delicadeza porque dinheironão tinha mesmo, ao porteiro se tínhamos que pagar algo e ele disse: " Nada ! o sr Aparicio deixou tudo pago ( e eu pensava que era alguma permuta!!)...
Faço questão de contar este episódio e do despreendimento do querido Aparicio cuja sensibilidade entendeu o nosso "aperto" e nos acolheu com tanto carinho !
Muita luz pra ti meu amigo, aí onde tu te encontras, com certeza junto aos nossos amigos comuns que se foram para outros planos.